quinta-feira, 22 de março de 2012

Linha 2 do metrô de BH será retomada este ano

12/03/2012 - Estado de Minas

Ainda no campo das promessas, a ampliação do metrô de Belo Horizonte terá sua confirmação no dia 31 de março, quando o Ministério das Cidades promete publicar a lista de propostas selecionadas no PAC Mobilidade Grandes Cidades. A divulgação estava prevista para 29 de fevereiro e, com isso, o atraso já adiou em pelo um mês a liberação de verbas para o início das obras. Ainda assim, a Metrominas trabalha com a perspectiva otimista de iniciar este ano as obras da Linha 2, trecho de 10,5 quilômetros em superfície que ligará o Barreiro ao Bairro Calafate, na Região Oeste.

De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), serão executadas obras no valor de R$ 80 milhões já contratadas para a Linha 2 pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos, atual administradora do metrô de BH. As obras foram interrompidas em 2004 por falta de recursos. Para completar a verba, a Metrominas conta com R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União (OGU), R$ 750 milhões de financiamento público federal e mais R$ 1,2 bilhão de recursos das prefeituras de BH e Contagem, governo do estado e iniciativa privada.

Prevista para ser inaugurada em 2016, a Linha 2 ocupará a faixa de domínio existente da extinta Rede Ferroviária Federal. O trecho terá sete estações – Barreiro, Mannesmann, Ferrugem, Vista Alegre, Salgado Filho, Amazonas e Nova Suíça, onde haverá o entroncamento com a Linha 1 –, por onde circularão sete trens. “Na Linha 2, temos obras teoricamente mais rápidas de serem feitas. Há uma série de viadutos que já foram executados até 2004”, ressalta o coordenador do projeto do metrô na Prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Duarte. Segundo ele, a construção não exigirá grandes desapropriações, mas a remoção de invasões ao longo da linha férrea.

Além da construção das linhas 2 e 3, o projeto de ampliação do metrô em BH também prevê a expansão da Linha 1, que tem 28km e liga a região do Vilarinho, em Venda Nova, até o Bairro Eldorado, em Contagem. A ideia é levar o sistema por mais 1,5km, até o Bairro Novo Eldorado. “Também haverá toda a modernização dos trens, ampliando o número de carros, a velocidade média e a qualidade dos sistema, com, por exemplo, a instalação de ar-condicionado”, afirma Duarte. A previsão é de que as obras de melhoria na Linha 1 ocorram até 2014.

Pouco risco de repetir São Paulo

Em 2007, a capital paulista viu o terreno desmoronar sobre os operários durante as obras da Estação Pinheiros, na Zona Oeste. Segundo especialistas, o subsolo de São Paulo, diferentemente do de BH, é formado por grande camada de material sedimentar aluvial, que exige mais suporte ao construir os túneis. “Em Londres, há uma meleca debaixo do asfalto, um terreno sedimentar instável e, ainda assim, eles construíram o metrô no século 19”, compara o professor doutor Edézio Teixeira de Carvalho.

terça-feira, 13 de março de 2012

Linha 2 do metrô de BH será retomada este ano

12/03/2012 - Estado de Minas

Ainda no campo das promessas, a ampliação do metrô de Belo Horizonte terá sua confirmação no dia 31 de março, quando o Ministério das Cidades promete publicar a lista de propostas selecionadas no PAC Mobilidade Grandes Cidades. A divulgação estava prevista para 29 de fevereiro e, com isso, o atraso já adiou em pelo um mês a liberação de verbas para o início das obras. Ainda assim, a Metrominas trabalha com a perspectiva otimista de iniciar este ano as obras da Linha 2, trecho de 10,5 quilômetros em superfície que ligará o Barreiro ao Bairro Calafate, na Região Oeste.

De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), serão executadas obras no valor de R$ 80 milhões já contratadas para a Linha 2 pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos, atual administradora do metrô de BH. As obras foram interrompidas em 2004 por falta de recursos. Para completar a verba, a Metrominas conta com R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União (OGU), R$ 750 milhões de financiamento público federal e mais R$ 1,2 bilhão de recursos das prefeituras de BH e Contagem, governo do estado e iniciativa privada.

Prevista para ser inaugurada em 2016, a Linha 2 ocupará a faixa de domínio existente da extinta Rede Ferroviária Federal. O trecho terá sete estações – Barreiro, Mannesmann, Ferrugem, Vista Alegre, Salgado Filho, Amazonas e Nova Suíça, onde haverá o entroncamento com a Linha 1 –, por onde circularão sete trens. “Na Linha 2, temos obras teoricamente mais rápidas de serem feitas. Há uma série de viadutos que já foram executados até 2004”, ressalta o coordenador do projeto do metrô na Prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Duarte. Segundo ele, a construção não exigirá grandes desapropriações, mas a remoção de invasões ao longo da linha férrea.

Além da construção das linhas 2 e 3, o projeto de ampliação do metrô em BH também prevê a expansão da Linha 1, que tem 28km e liga a região do Vilarinho, em Venda Nova, até o Bairro Eldorado, em Contagem. A ideia é levar o sistema por mais 1,5km, até o Bairro Novo Eldorado. “Também haverá toda a modernização dos trens, ampliando o número de carros, a velocidade média e a qualidade dos sistema, com, por exemplo, a instalação de ar-condicionado”, afirma Duarte. A previsão é de que as obras de melhoria na Linha 1 ocorram até 2014.

Pouco risco de repetir São Paulo

Em 2007, a capital paulista viu o terreno desmoronar sobre os operários durante as obras da Estação Pinheiros, na Zona Oeste. Segundo especialistas, o subsolo de São Paulo, diferentemente do de BH, é formado por grande camada de material sedimentar aluvial, que exige mais suporte ao construir os túneis. “Em Londres, há uma meleca debaixo do asfalto, um terreno sedimentar instável e, ainda assim, eles construíram o metrô no século 19”, compara o professor doutor Edézio Teixeira de Carvalho.

Subsolo de BH é propício à implantação do metrô

13/03/2012 - Abifer

Ao custo de R$1,4 bilhão, a Linha 3, por onde circularão cinco trens, terá cinco estações

Se na superfície, dentro dos gabinetes, a burocracia emperra o início de obras prometidas há mais de 25 anos e atrasa a liberação das verbas para o metrô, nas profundezas de Belo Horizonte a natureza favorece a ampliação do sistema de transporte na capital mineira. Debaixo do relevo ondulado, a cerca de 30 metros do asfalto, a maior parte do território belo-horizontino é formado por gnaisse, rocha cristalina e resistente usada como brita na construção civil, e que oferece estabilidade para a passagem dos trens subterrâneos. “A situação de BH é infinitamente melhor do que Londres, São Paulo e Rio de Janeiro, cidades com sistemas de metrô já estabelecidos há muitos anos”, afirma o professor doutor Edézio Teixeira de Carvalho, aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

No mês que vem, a Metrominas, empresa com participação do governo estadual e das prefeituras de BH e Contagem que vai gerenciar a expansão do sistema de trens, dará os primeiros passos para conhecer o subsolo da cidade, numa extensão de 4,5 quilômetros entre a Lagoinha e a Savassi, por onde passará a Linha 3, único trecho debaixo da terra. De acordo com o coordenador do projeto do metrô na Prefeitura de BH, Márcio Duarte, em abril será lançada a licitação para contratar serviços de topografia e geotecnia. “Antes do projeto executivo, precisamos fazer uma sondagem detalhadas. Abrir um túnel debaixo da Avenida Afonso Pena é muita responsabilidade”, ressalta.

Ao custo de R$1,4 bilhão, a Linha 3, por onde circularão cinco trens, terá cinco estações – Lagoinha, Praça Sete, Palácio das Artes, Praça Tiradentes e Savassi. A linha passará debaixo do Ribeirão Arrudas e das proximidades da Avenida Afonso Pena e da Rua Pernambuco, chegando até a Avenida Cristóvão Colombo, na Região Centro-Sul. Segundo Duarte, a concorrência para conhecer o subsolo dessa região será lançada independentemente da publicação das propostas selecionadas para o PAC Mobilidade Grandes Cidades, programa do governo federal que promete garantir R$ 3,16 bilhões para o metrô de BH.

Terra firme

Conhecedor das profundezas da cidade, professor Edézio, membro da equipe que elaborou os Estudos Geológicos, Hidrogeológicos, Geotécnicos e Geoambientais do município de BH, em 1995, não tem dúvidas de que a sondagem apontará terreno favorável ao transporte subterrâneo. “O metrô de BH deveria ser feito numa profundidade maior, na rocha gnaissica. Esse material firme dá estabilidade para os túneis”, diz. Acima dessa camada dura, há materiais menos resistentes, que já sofreram alterações e são mais instáveis no caso de intervenções.

A exceção, de acordo com Edézio, é a Região da Savassi, que tem terreno mais heterogêneo. “Ali são encontradas rochas arrastadas da Serra do Curral, como itabiritos e quartzitos”, conta. Diretor do Instituto Mineiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-MG), Clémenceau Chiabi Saliba Júnior destaca a importância da sondagem numa capital com território totalmente ocupado. “O metrô de BH é perfeitamente exequível e fácil, se comparado a outros locais. Mas é a sondagem que vai mostrar o nível da rocha, a localização do lençol freático e todas as interferências possíveis, como as linhas de água, energia e drenagem.”

Com informações do Jornal O Estado de Minas

domingo, 4 de março de 2012

União adia publicação de portaria do metrô de BH

04/03/2011 - O Tempo

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o adiamento não irá comprometer de forma drástica o andamento das obras

Os belo-horizontinos terão que ter mais paciência e esperar mais tempo pelo início das obras de ampliação do metrô da capital. Na última quarta-feira, o Ministério das Cidades, por meio de nota divulgada no portal do órgão na internet, adiou para o dia 31 de março a portaria com as diretrizes para a elaboração das propostas de obras para o metrô. A publicação estava marcada para acontecer anteontem.

De acordo com o governo do Estado, essa é uma etapa importante para dar sequência ao cronograma pré-estabelecido pelos governos federal, estadual e municipal. Por meio da assessoria de imprensa, o governo afirmou que nada poderá ser feito enquanto não sair a nova resolução e se limitou a dizer que é preciso aguardar. A nova portaria deverá ser publicada no "Diário Oficial da União".

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o adiamento não irá comprometer de forma drástica o andamento das obras e o cronograma previsto não sofrerá grandes mudanças. A PBH informou ainda que essa portaria vai "destrinchar" o que exatamente deve ser feito ao longo de todo o processo das obras, desde a licitação até a conclusão final das intervenções. Ainda segundo a administração municipal, os trabalhos internos irão continuar juntamente com a elaboração dos editais das licitações. Segundo a assessoria da prefeitura, essa ação dará mais agilidade ao processo de escolha dos projetos executivos para viabilizar as obras no metrô de Belo Horizonte.

A obra prevê a modernização da Linha 1 (Vilarinho/Eldorado) do metrô e a ampliação de outras duas linhas: a linha 2 (Calafate/Barreiro) e a 3 (Savassi/Lagoinha).